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Marco António Costa

Sketchbook Therapy

Não raras as vezes, fala-se do caderno como coisa humilde, modesta, frágil, privada, sem destaque. Nos discursos que empregam estes termos, sente-se que são utilizados num contexto positivo, de modo a valorizar a sobriedade, a discrição e até mesmo a simplicidade, de modo que o caderno seja sentido como um instrumento, um meio, uma coisa ao serviço de algo.

Anunciar o caderno como um meio para um fim, tem sido uma forma de justificar outra coisa qualquer para além do caderno em si. São problemas exteriores ao caderno aquilo que vai alimentando algum pensamento sobre o mesmo. Por vezes são as viagens, o conhecimento etnográfico e antropológico, outras vezes é a memória, a pedagogia e os recursos de aprendizagem, outras ainda, são questões estéticas e/ou comunicativas.

Diversas áreas puxam para si, ou atribuem, funções várias ao caderno que se tornam vantajosas e desejáveis, mas apenas para benefício dessas mesmas áreas. Neste caso, o caderno é uma espécie de Santa Teresa d´Ávila, por onde diversas fações reclamam para si um pedaço desse corpo para louvar e dar um sentido existencial (e talvez mesmo místico) à sua relação com o caderno.

No entanto, não raras as vezes, alguém fala da inutilidade do caderno. Diz-se que esta inutilidade se baseia na forma como os conteúdos parecem ser destinados ao seu autor, sem qualquer intenção de responder a necessidades de outrem. Quer dizer que o caderno, afinal, não é um meio para fins práticos, úteis e necessários. Esta ideia de inutilidade pode ser uma confirmação de como não faz sentido associar os desenhos num caderno à noção de registo, já que a inutilidade contraria a necessidade e, portanto, afasta a ideia de que se desenha para outros fins exteriores a si.

A existência do caderno como possibilidade permite que esta subjetividade se manifeste sem prejuízo de se apresentar como um paradoxo, um erro, uma indecisão, um esboço, uma coisa a prazo e não acabada que se proporciona a acrescentos e a rasuras, adicionando outros tempos ao mesmo espaço. Um caderno fecha-se e abre-se tornando-se privado e público sem que o seu conteúdo se modifique, centrando em si o acesso a múltiplas camadas de expressão em possibilidades infinitas de leitura pela imaginação.

O caderno permite ao sujeito identificar o conteúdo não como um facto passado, uma espécie de “isto foi” ou, como um facto presente, como um, “isto é”, mas antes, como uma projeção futura, “isto pode ser”.

Marco António Pereira da Costa

Nasceu em Vila Nova de Gaia em 1978. 

Licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (FBAUP); Mestre em Arte Multimédia pela FBAUP; Doutor em Artes Plásticas pela FBAUP. 

Reconhecimento do currículo profissional especialmente adequado em Arte e Design pelo Conselho Técnico-Científico da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança (ESE-IPB). Membro do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (I2ADS); Docente do Departamento de Artes da ESE-IPB.

Desenvolve o seu trabalho no campo das artes visuais entre a docência, investigação, produção, curadoria e crítica.

Expôs em mais de 120 eventos coletivos ligados às artes plásticas, ao design e ao multimédia desde 2000, entre os quais, 3 exposições individuais de pintura e desenho.

Mantêm desde 2009, o projeto online Sketchbook Therapy dedicado aos seus diários gráficos.

www.sketchbooktherapy.wordpress.com

www.instagram.com/sketchbooktherapy

www.facebook.com/sketchbooktherapy

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Gabriela Albergaria

SEQUENCE

O vídeo mostra o estúdio exatamente no estado de trabalho em processo. 

Não há qualquer “manicure” no atelier ou nas imagens.

No fundo mostro um pouco do processo criativo.

Nas paredes tem peças que podem vir a ser qualquer coisa, outras já são. Umas servem para pontos de partida, outras para pensar melhor, outras ainda não sei. Apenas estão porque me chamaram a atenção.

Há peças da série da Amazônia porque estou a trabalhar para uma exposição no MAC em São Paulo, onde vou mostrar essa série.

Outras fazem parte da série de desenhos que tenho vindo a desenvolver sobre a capacidade de reparação da Natureza. 

A ideia de reparação e recuperação são os pontos que me têm interessado e que mostro em vários momentos nas paredes do estúdio.

Gabriela Albergaria

23 Janeiro 2022

Gabriela Albergaria nasceu em Vale de Cambra, Portugal, em 1965. Vive e trabalha em Bruxelas e Lisboa. Em 1990, concluiu a licenciatura em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1991 e 1993. Expõe regularmente desde 1999. 

Participou em vários programas de residências artísticas, como Kunstlerhaus Bethanien, Berlim (2000-2001); Cité Internationale des Arts, Paris (2004): Villa Arson, Centre National d’Art Contemporain, Nice (2008); Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador da Bahia (2008); The University of Oxford Botanic Garden / The Ruskin School of Drawing and Fine Art, Oxford (2009-2010); Winter Workspace, Wave Hill, Nova Iorque (2012), Residency Unlimited NY (2015) e Flora ars+natura, Bogotá (2015), entre outras.

Foi nomeada para os prémios Ars Viva 2002/2003 – Landschaft, Alemanha, e Prix Pictet 2008, The World’s Premier Photographic Award in Sustainability.

O seu trabalho faz parte de várias coleções, entre elas:

CAM – Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

Fundação EDP, Lisboa 

Coleção Teixeira de Freitas, Lisboa 

Coleção Norlinda e José Lima, São João da Madeira

Coleção PLMJ, Lisboa

Coleção António Cachola, Elvas

Coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel de Arte Contemporânea de Abrantes 

Fundación Kablanc Otazu, Espanha 

Thyssen Bornemisza Art Contemporary (TBA21), Áustria 

Colección Navacerrada, Espanha 

Colección Coca-Cola, Espanha 

Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil 

Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil 

Perez Collection, Miami, EUA 

KFW bankengruppe, Frankfurt, Alemanha 

Deutsche Bank Collection, Alemanha 

Coleção da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa 

— 

Gabriela Albergaria was born in Vale de Cambra, Portugal, in 1965. She lives and works in Brussels and Lisbon. In 1990, she graduated from the Faculty of Fine Arts of the Porto University in Painting. She received a grant from the Calouste Gulbenkian Foundation between 1991 and 1993. She has regularly featured in exhibitions since 1999. 

She participated in several artistic residency programs, such as Kunstlerhaus Bethanien, Berlin (2000-2001); Cité Internationale des Arts, Paris (2004): Villa Arson, Centre National d’Art Contemporain, Nice (2008); Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador (2008); The University of Oxford Botanic Garden / The Ruskin School of Drawing and Fine Art, Oxford (2009-2010); Winter Workspace, Wave Hill, New York (2012), Residency Unlimited NY (2015) and Flora ars+natura, Bogotá (2015), among others.

She was nominated for the following awards: Ars Viva 2002/2003 – Landschaft, Germany, and Prix Pictet 2008, The World’s Premier Photographic Award in Sustainability.

She is represented in multiple collections, such as:

CAM, Centre for Modern Art – Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon, Portugal

EDP Foundation, Lisbon, Portugal 

Teixeira de Freitas Collection, Portugal 

Norlinda and José Lima Collection, São João da Madeira, Portugal

PLMJ Collection, Lisbon, Portugal

António Cachola Collection, Elvas, Portugal

Figueiredo Ribeiro Collection – Quartel de Arte Contemporânea de Abrantes, Portugal

Fundación Kablanc Otazu, Spain

Thyssen Bornemisza Art Contemporary (TBA21), Austria 

Colección Navacerrada, Spain

Colección Coca-Cola, Spain

Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brazil

Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brazil

Perez Collection, Miami, USA

KFW bankengruppe, Frankfurt, Germany

Deutsche Bank Collection, Germany

Caixa Geral de Depósitos Collection, Lisbon, Portugal 

www.gabrielaalbergaria.com

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Março 2022

Kiah Kiean :: Ink-Between

Behzad Bagheri :: From simplicity to complexity

Bogdan Pavlovic :: Atlas Series

Joan Linder :: Sketchbooks

Mário R. Linhares :: Ontem – Histórias contadas

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Mário R. Linhares

ONTEM – histórias contadas

Desde criança que me fascinam as ilustrações e desenhos em geral, as suas composições e as cores. Este é um gosto que me acompanha ao longo de toda a minha vida, ao ponto de a determinada altura começar a colecionar materiais que apresentassem ilustrações, em particular, publicidade e/ou propaganda. A minha coleção é constituída por diferentes materiais, como cartazes, panfletos/brochuras, revistas, livros, catálogos, embalagens, brindes, entre outros materiais, em particular relativos ao século XX e a Portugal.

Autor não identificado, Chá Li-Cungo, s/d (cartaz)

A coleção foi crescendo e a determinada altura, deparei-me com o dilema de apenas eu usufruir destes materiais e com a minha vontade de os poder mostrar a outras pessoas, foi então que criei o projeto “ONTEM – histórias contadas”, através do qual vou divulgando os materiais da coleção, utilizando as redes sociais, facebook e instagram. Outra forma de divulgação da coleção que desenvolvo é através da organização de exposições. 

Autor não identificado, Pão dietético, 1970 (cartaz)

Todos estes materiais têm como elemento comum e fundamental as ilustrações, no entanto, ao constituir a coleção fui desenvolvendo novas perspetivas de interesse e de pesquisa, nomeadamente sobre as empresas, os produtos e a forma como a sociedade foi evoluindo. 

Esta visão da evolução da sociedade através da ilustração comparativamente com outros materiais e/ou técnicas, como a fotografia ou o texto é, na minha opinião, muito mais interessante e apaixonante, uma vez que a ilustração permite aos autores uma liberdade criativa sem as limitações existentes noutras técnicas/materiais. 

Alberto Cardoso, Máquinas de costura Oliva, 1961 (Leque brinde)

Os autores das ilustrações e o seu percurso são outra variante de pesquisa que é explorada através da coleção, uma vez que ao longo dos anos fui descobrindo vários e excelentes artistas. 

Apesar da ilustração na publicidade/propaganda ter perdido relevância e quase ter desaparecido destes suportes, em particular, a partir do final dos anos 70 do século XX, a coleção continua a crescer através da constante procura em alfarrabistas, antiquários, feiras de velharias e através da relação com outros colecionadores.  

Mário Rui Linhares é natural da Póvoa de Varzim e licenciou-se em Engenharia Alimentar. Posteriormente complementou a sua formação académica com uma Pós Graduação em Auditoria e Consultoria Alimentar e mais recentemente com um Mestrado em Tecnologia dos Alimentos. 

O seu percurso profissional é essencialmente desenvolvido na sua área de formação académica, desenvolvendo atividade de consultoria e formação nestas áreas. Após a criação do Projeto ONTEM – histórias contadas em 2011, profissionalmente, iniciou também a realização de trabalhos relacionados com o desenvolvimento de projetos de cariz cultural, como por exemplo, a organização de exposições e a produção de projetos no setor audiovisual.  

Apesar de se interessar pela ilustração desde criança, sua coleção vem sendo desenvolvida com maior foco há cerca de 15 anos. 

https://www.facebook.com/ontem.historiascontadas

Instagram: ONTEM.histórias contadas 

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Behzad Bagheri

From Simplicity to Complexity

We live in a complicated world of different theories and ideas that makes it difficult to get accurate facts. Because of this, I’m looking for ways in life to receive these facts immediately.

For this reason, I attempt to learn to look around simply and rely on the tools that assist me in doing so. One of these tools is watercolor painting and sketching, particularly charcoal sketching.

These tools have improved my ability to communicate with myself, as well as with people, nature, and the objects in my environment. I’m also glad that my work encourages others to experience joy, freedom, and pleasure while also helping them to communicate more freely with themselves and others.

In this video, I describe my perspective on myself, the natural world around me, and the culture in which I live, as well as the function of painting and drawing in this context.

Atigh (Antique) square – Ali minaret

RakibKhane – View from 40Sotoon


Imam Mosque – The Dome

Behzad Bagheri is a Painter, an Urban Sketchers correspondent, and workshop instructor. He’s also a member of the “Iranian Institute for Promotion of Visual Arts”. Earned a Master’s Degree in Architecture from Tehran University of Art. 

When first began drawing, he used watercolours and sketches to create his first architectural concepts. Soon, aesthetics surpassed functionality, and he found himself painting and sketching for artistic rather than functional, architectural reasons. His work became a way to connect with himself and his surroundings, as well as share and convey these impressions with others.

Have participated in various solo and group shows in Iran and abroad since transforming my work from design to art.

Website: http://behzadbagheri.com/

Youtube: https://www.youtube.com/BehzadBagheri/

Flickr: https://www.flickr.com/photos/behzadbagheri/

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Joan Linder

Sketchbooks 

Drawing is a near daily practice and I have used the book form for several decades. This includes regular sketchbooks documenting mundane aspects of day to day life. Themes that have emerged from recent books include music lessons, soccer practices, airplane seats, and meetings. In 2020 at the start of lockdown, I began a daily practice of drawing zoom meetings while they were happening – in real time

I have also used accordion-fold moleskin notebooks for investigations of the built environment. This includes a larger research project into landscape legacy of the chemical and nuclear industry in the United States. Hooker 102nd Street is an expansive drawing that spans a three-year period observing and recording the fence at Love Canal, a toxic waste site in Niagara Falls, NY.  

Other book projects include large-scale handmade accordion fold books that have allowed me to create oversized drawings, often on a 1:1 scale of particular and personal locations, such as my kitchen counter.  

Joan Linder, Night flight, 2019,  5 x 16”, ink and watercolor on paper

Joan Linder, Morning Flight, 2018, 5 x 16”, ink and watercolor on paper

Joan Linder, Hooker 102nd Street, 2013-17, 5 x 720” ink in 6 moleskin notebooks. 

Installation @ Mixed Greens Gallery, NYC photography, Etienne Frossard

Joan Linder, Main Street, 2012, ink on paper, 5 x 120” one of three books

Joan Linder, Maine Street (partially closed), 2012 ink on paper, 5 x 120” one of three books

Joan Linder, Zoom Lessons, 2020, 5 x 16”, ink on paper

Joan Linder is known for making large-scale drawings with thousands if not hundreds of thousands of marks. She finds inspiration from her immediate surroundings, often in quotidian subjects. 

Her conceptual and observational work has been included in exhibitions venues including Kunstahallen Brandts, Gwanjgu Art Museum, Bronx Museum, Queens Museum, Museum Fine Arts Boston and the Albright Knox Art Gallery. Her work has been written about in Art News, Art in America, the New York Times and Hyperallergic among others. She has completed permanent public commissions in NYC for the subway though the Metropolitan Transit Authority and for an elementary school through Public Art for Public Schools, and the Roswell Park Cancer Institute in Buffalo, NY. She has received numerous grants and fellowships from organizations such as the Pollock Krasner Foundation, Yaddo and MacDowell. 

Linder is a Professor of Art at the University at Buffalo, State University of New York and is represented by Cristin Tierney Galley in NYC.

www.joanlinder.com

insta @joan_linder

www.cristintierney.com

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Bogdan Pavlovic

Atlas Series

The Atlas series “Another Country” and the map series “Quiet Earth” are result of the long reflection about the relation between inner (subjective) and universal (objective) perception of the world. 

I must say that my youth was marked by the visual world of comic strips. All kind of adventures, stories, historically based or science fiction comics or literature were part of my everyday life as a boy. In that early age, inspired by Hugo Pratt’s hero Corto Maltese, movies like Indiana Jones, or adventure or fiction books by James Oliver Curwood, Jules Vern, J.R.R. Tolkien, etc., I started to draw geographical maps which I fore filled with exotic animals, cities, and adventurers in research of forgotten places.

Much later, when I started my studies at the Beaux Arts School in Paris in the ‘90 and when I confronted myself to the painting, the imaginary world that I left behind in my youth, reappeared on canvases. Those geographical maps were painted in oil with ecological, historical or fictional connotations.

Last 15 years, with the interest for photography my art obtained more documentary character.  Scenes of everyday life with people that I recorded with the camera became a subject of my paintings.  However, strong expressive gesture, need to explore the pictorial matter through unexpected chromatic relation using a lot of oil paste, stayed always the dominant features of my visual language. 

A few years ago by the inner need to put together various pictorial experiences, geography reappeared again in my artistic researches. Atlases and geographical maps proved to be a fertile basis for various visual experiments. In the real atlases and geographical maps, I began to write a new graphical and pictorial identity questioning contemporary world important issues: ecology, politics, identity and territory, women’s rights, sexuality… In the other hand, by drawing scenes from my everyday life into atlases, those scenes became universal it selves. There are also stellar projections and constellations that tell us about the curvature of space, fluctuations of celestial bodies, but also, about modern theory of the Multiverse.

For the purpose of this series, I used a wide range of visual approaches and techniques, (markers, acrylic colours, pencils, graphite, collage…) which is completely in line with the universal properties of the Atlas, which is itself a meeting place of various graphic identities corresponding to different scientific fields: geography, topography, astronomy, economy…

Quiet Earth, map series, 2019

Quiet Earth, map series, 2019

Quiet Earth, map series, 2019

Another Country Atlas pages

Another Country Atlas pages

Another Country Atlas pages

Another Country Atlas pages

YouTube links to Atlas videos:

Another Country Atlas N°3

Another Country – Atlas No 6

Geotomy Atlas

Zoography Atlas

Bogdan Pavlovic

Bogdan Pavlovic was born in 1969 in Belgrade. He graduated from the Ecole Nationale Superieure des Beaux Arts (ENSBA) in Paris in 1997. He works in Paris at La Ruche, historical artistic site.

Pavlovic is a multidisciplinary artist who, in addition to drawing, painting and collage, is also involved in photography, video animation and ambient installation. The experimental aspect in Pavlovic’s work is omnipresent. Through his creations, in an expressive and simple manner, Bogdan Pavlovic makes the connection between the universal and the personal, the documentary and the imaginary.

His works make part part of the following public collections: Lefranc & Bourgeois, Watches Rado France, Zepter Museum, Opel France, Aéroports de Paris, Museum of Contemporary Art in Belgrade, Museum of the City of Belgrade.

He produced the monumental drawing “Between”, in collaboration with Studio Van Rijn for the Hyatt Regency Etoile hotel in Paris, in 2018. In 2003, he and his brother, Miško Pavlovic, worked on an exhibition project dedicated to the 100th anniversary of world aviation in the Yugoslav Aviation Museum. He designed the poster for Emir Kusturica’s film “Super 8 Stories” in 2001. In 1994, he painted the model of the OPEL “Tigra” for Salon d’Automobiles in Paris.

Solo exhibitions (selection): 

House of King Peter I – Belgrade, Ozon Gallery – Belgrade, Fondation Atelier de Sèvres – Paris , Villa St-Cyr – Paris, Zepter Foundation Gallery – Berlgrade, ART Gallery Orly Sud – Paris, Center of fine Arts Albert Chanot – Clamart, Haos Gallery – Belgrade,  Florence Touber Gallery Paris, Villa di Bivigliano – Florence

Group shows (selection): 

Fondation La Ruche Seydoux – Alfred Boucher Art Space – Paris, National Car Museum, MAUTO – Torino, Paratissima fair – Torino, Contemporary Art Center 6b – St Denis, Chapelle Saint Sauveur, Issy les Moulineaux, Musée de la Carte à Jouer Issy les Moulineaux, Center for Contemporary Art “La Platforme“ – Paris, Bourse de Commerce de Paris, Orangerie du Sénat – Paris, Karlskrona Kunsthall – Sweden, Coprim Fondation – Paris.

Rewards:

Huré-Bastendorf Prize/Institut de France/Academie Française  2013, Artistes du monde Prize/CROUS Paris 1997, Third prize “ Antoine Marin ”/Paris 1997, Special prize Color Trophy/Lefranc & Bourgeois 1997, Prize for painting Watch Company Rado-France 1994

Internet Site: https://bogdanpavlovic.com/

Instagram : bogdan.pavlovic.projects

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Kiah Kiean

Ink-Between


I started using dry twigs and Chinese ink to draw in 2011, beginning with “dots” and “lines”, but I had to use diluted ink in order to achieve a grayscale “surface”. Later I found that the ink midtone surface can be achieved by rubbing ink with a dry brush on watercolour paper. I call this technique “dry wash”. With this technique, the drawing method with pure ink and twigs has become more complete. Ink-Between represents my dialogue with the traditional ink painting, with an attempt to re-think it and give it a new interpretation.

Largo Camões, Lisbon

Corner Joss Stick Stall at Goddess of Mercy Temple, Pitt Street, Penang

Cannonball Flower, Penang Botanic Gardens

Monstera deliciosa, Plnttag, Johor Bahru, Malaysia

 莊嘉強,1974年生於檳城喬治市。馬來西亞理科大學建築系畢業,喜歡旅行繪畫和整理東西。從事平面設計約十年,目前是全職畫家。他於2009年加入Urban Sketchers,2010年和友人發起「速寫‧檳城」。個人素描作品集有《素描老檳城》和《路‧線》。其更多素描作品可在網站www.kiahkiean.com瀏覽。

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Ch’ng Kiah Kiean, born 1974 in George Town, Penang. He graduated from Universiti Sains Malaysia with Architecture Degree. After running his own graphic design studio for about 10 years he is now a fulltime artist based in Penang. He published Sketchers of Pulo Pinang in 2009 and Line-line Journey in 2011. Kiah Kiean joined Urban Sketchers in 2009 and co-founded Urban Sketchers Penang in 2010. Find out more of his work at www.kiahkiean.com. 

Blog: www.kiahkiean.com 

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Instagram: www.instagram.com/kiahkiean/ 

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Fevereiro 2022

Rita Sabler :: Sketch Tour Portugal | Following the Light

Alan E. Cober :: Alan E. Cober Sketchbooks

Michele del Campo :: Pandemic portraits

Tiago Cruz :: O diário gráfico e o caderno público

Mário e Ketta Linhares :: Diário de Viagem | Costa do Marfim

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Mário e Ketta Linhares

Diário de Viagem | Costa do Marfim

A viagem à Costa do Marfim acontece na sequência de muitos anos de trabalho conjunto com os Missionários da Consolata.
A ideia da missão e dos missionários era, antes disso, uma coisa fugaz e cheia de ideias prévias. Foi duro descobrir a utilidade do desenho em territórios tão longínquos. Mais fácil foi entender o que os missionários faziam nestas aldeias onde o tempo parece não passar. Assim, ir a uma qualquer missão deste tipo é sempre uma viagem ao desconhecido e ao encontro de uma verdade autêntica. Nunca é turismo a locais históricos, mas a possibilidade de nos encontrarmos verdadeiramente com as pessoas. 

Ketta Linhares, Mulheres à espera, 2013 (caneta preta, jornal e aguarela s/ caderno) Marandallah, Costa do Marfim. Fonte: coleção da autora

Marandallah é o nome da aldeia onde desenhámos durante quase um mês e a questão que resume tudo é o tempo. Há que tê-lo para conseguirmos fazer qualquer coisa. Queremo-lo tanto que o compraríamos se pudéssemos, mesmo sabendo que é uma dádiva tão humilde e generosa que desafia a nossa sabedoria no modo como o usamos. O desenho tem-nos ensinado como o tempo é precioso. Não vale a pena correr contra ele, mas deixarmo-nos adentrar e perder nele, apreciando a aparente pausa a enriquecer o olhar. 

Mário Linhares, A mota da missão, 2013 (caneta preta e aguarela s/ caderno) Marandallah, Costa do Marfim. Fonte: coleção do autor

Esta viagem aconteceu no tempo certo. Aquele em que o desenho exige a pausa do momento. Saber parar para desenhar. Saber escolher o que desenhar e, mais importante que tudo, deixar que o desenho possa ser contaminado pela novidade de uma realidade tão diferente e entusiasmante, exigindo, por isso mesmo, um olhar renovado, despido de ideias velhas, à procura de crescer com o ancestral e o contemporâneo. 

Ketta Linhares, Depois da Festa, 2013 (caneta preta e aguarela s/ caderno)
Marandallah, Costa do Marfim. Fonte: coleção da autora

Nunca se passaria tanto tempo a conversar com uma pessoa desconhecida do interior remoto da Costa do Marfim se não fosse pelo desenho. Este é, definitivamente, um novo modo de relação com as pessoas, de as conhecermos melhor e nos sentirmos próximos. Há um sentimento muito forte que nos assalta em aldeias tão distantes como esta. É inevitável pensar que “eu podia ter nascido aqui. Este também é o meu mundo.”

Mário Linhares, O curtidor, 2013 (caneta preta e aguarela s/ caderno)
Marandallah, Costa do Marfim. Fonte: coleção do autor

Desenhar na África Negra é, inevitavelmente, um encontro com a essência do ser humano, com o estado mais puro e desprendido que alguma vez conseguimos ter. É a sensação de marcar a história pessoal com as palavras que estão por inventar.

Linhares, M. e Linhares K. C. (2013). Diário de Viagem | Costa do Marfim. Fátima, Portugal. Consolata Editora

Ketta Linhares

Sou timorense e meço 1,51m. Em 1982, quando nasci, ficámos 6 irmãos. Hoje somos 8 filhos da mesma mãe e do mesmo pai. Sou casada com o Mário, o meu melhor amigo e companheiro de todas as viagens. Enquanto estudava no secundário desejava ser escultora ou pintora. Infelizmente não me foi possibilitado seguir nenhuma área artística. Licenciei-me em Estudos Africanos – História e Desenvolvimento pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, depois de ter escutado testemunhos de Missionários e Missionárias da Consolata falarem sobre o continente africano com um brilho nos olhos inexplicável. A minha viagem ao Quénia consolidou a minha nova paixão. Foi a minha primeira vez em África. Voltava a tirar o mesmo curso. Voltava ao Quénia novamente.

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Mário Linhares

Estudou na António Arroio, licenciou-se em Design Paisagístico e depois em Design de Equipamento. Trabalhou nessas áreas, mas rapidamente a sua paixão de infância falou mais alto e dedicou-se ao Desenho. Mestre em Ensino das Artes Visuais, está a terminar o Doutoramento em Desenho na FBAUL. Desenha compulsivamente e idealiza, sem parar, projetos artísticos e humanitários. É casado, tem um filho, gosta de andar a pé e de bicicleta e de conversar com os amigos. Professor, co-fundador dos Urban Sketchers Portugal, foi diretor de educação dos USk e lidera atualmente vários projetos artísticos e sociais como os 5 Minutos de Desenho; USk Research; USkTalks; Sketch Tour Portugal Reload; Zambujal 360.

Co-autor do livro Diário de Viagem | Costa do Marfim, premiado em França, contribui com desenhos para diferentes livros, exposições, palestras ou conferências em Portugal e no estrangeiro. Viajar, sonhar e desenhar é o que mais gosta de fazer.Blog | USk | USkP | Instagram | Linkedin